quinta-feira, 23 de abril de 2015

Carta aos Irmãos de Fé

Gongá da Tenda Espírita Nossa Senhora do Rosário (São Paulo)
Rogando a Mudança do Hábito de Generalizarem, nos Assuntos Espíritas de Umbanda:

          Recordando, no dia de hoje, onde o mundo salva o combatente benfeitor, emissário da fé em Cristo, que vence as torrentes pérfidas do mal, venho eu, simplório servidor do magnânimo Espiritismo de Umbanda, um humilde Chefe de Tenda, enviar um abraço fraterno aos meus irmãos, combalidos e triunfantes nas labutas do mundo. No entanto, devo encarecidamente, pedir um favor aos meus irmãos. Favor ousado, devo dizer. Peço, em nome do Cristo, que possais entender minha contenda.
          Sem mais delongas, solicito aos irmãos, que ao ensinarem sobre as vossas doutrinas, que o façam em nome delas, sem generalizar o Espiritismo de Umbanda.
Pois devo dizer aos meus irmãos, que em minha doutrina, não cultuamos deuses africanos, ancestrais divinizados, encantados nos elementos da natureza, energias das forças naturais, ou cousas parecidas.
          Respeito, profundamente quem o faça em seus Terreiros de Umbanda. Porém, devo acrescentar, que aqueles a quem chamo de Orixás, são os Padroeiros, os Santos propriamente, excluindo o tal "sincretismo" que tantos perseguem. Para nós, servidores humildes da Linha, nunca houve sincretismo, pois como exposto, prestamos reverência aos Santos, que são os que chamamos de Orixás. Poucos baixaram e baixam entre nós, nas Tendas, para trazer a benfeitoria do espaço.
           O primeiro, cito, fora aquele a quem chamamos de grande Capitão de Demanda, o Orixá Mallet, que fora trazido pelo Chefe em 1913. E que quando encarnado fora um príncipe malaio. Junto, Ele trouxe, o Orixá Ganga Mu, os quais trabalharam ativamente em seus aparelhos, verdadeiros dignatários do Altíssimo. O Orixá Mallet, respectivamente com o Sr. Zélio de Moraes, e o Orixá Ganga Mu, com o Sr. Ruiz.
          Eu falo, e tão somente, em nome da minha simploriedade, e da minha Tenda, a Tenda Espírita Nossa Senhora do Rosário. Como já muito expus, para nós, as Sete Linhas Brancas, possuem um Patrono, e mais vinte Orixás, em cada uma, para chefiar as suas missões, isto é, das suas falanges no espaço e nas Tendas.
          Assim sendo, litarei em ordem hierárquica, os Patronos das Sete Linhas Brancas: Jesus, São Jorge, São Sebastião, São Jerônimo, Santa Bárbara e a Virgem Maria. A sétima Linha, não possui um Patrono, pois ela se acosta às outras seis para trabalhar. Em outra linguagem, chamamos de: Oxalá, de Ogum, Xangô, Nhan-San, Amanjar e Almas (também chamada de Linha de Santo, esta se acosta às outras seis para exercer suas funções). Em cada uma destas Linhas, há seus Padroeiros, os Santos, a quem chamamos de Orixás.
A título de curiosidade, cito alguns Orixás das Linhas, que prestamos reverência. Na Linha de Oxalá: São Cosme e São Damião, São Miguel Arcanjo, São Benedito, Santa Clara, Santa Luzia, etc.
          Na Linha de Ogum: Santo Expedito, Santo Antônio, São Longuinho, São Florêncio, etc. E assim sucessivamente. Enfim.
          Agradeço, aos que leram até o final, e sendo assim, suplico para que não generalizem, e que expliquem as coisas, remetendo os assuntos, e destacando-os como pertencentes à sua Doutrina. Não generalizem irmãos. E como término, peço à Deus que vos infunda a paz nos corações, as saúdes em vossas matérias, e que todos sejam contemplados pelo meu sincero abraço fraterno.

Felipe Deininger Hlibka - Presidente da Tenda Espírita Nossa Senhora do Rosário, 2015

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