quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A Missão do Iluminado Chefe

Congá na Tenda Nossa Senhora da Piedade - Primeira
Tenda de Umbanda fundada no mundo
          As vozes de Aruanda ressoam humílimas para todos que de coração aberto desejam a comunhão sincera com o Cristo. A Umbanda apresenta-se como nova escola, arrebatando o coração do simples, utilizando o bem para combater o mal. Junto com a mesma, e antes mesmo desta, surge seu fundador carregando no peito seu amor pela humanidade. Diante de sete caminhos chorou pelos aflitos e por não saber mais o que poderia ser feito para o bem de todos. Neste mesmo instante foi surpreendido pelo Mestre a quem tanto devotou fé: Jesus. Ali a misericórdia do Cristo repousou sobre os ombros do então triste espírito. Haveria de juntar forças a fim de cumprir a missão que lhe era confiada e para isso precisaria também de coragem para a Caridade, Humildade e acima de tudo Amor, capaz de abraçar uma nação inteira a fim de levar a esta a força e a oportunidade de caminhos abertos rumo ao Pai Maior.
          Passada as informações de como seria o novo culto e o seu objetivo, o então humilde Caboclo, agora carregando consigo o nome de Sete Encruzilhadas, deveria pôr em prática as ordens do Mestre Jesus. No planeta Terra e carregando ainda seus objetivos para com o Brasil, escolheu um jovem menino, de 17 anos de idade, em Niterói, na cidade do Rio de Janeiro. Seu nome: Zélio. Trabalhariam juntos para ver a Doutrina do Cristo se espalhar mais fortemente no país e de forma simples para que não houvesse obstáculos a sua realização. E assim fora feito. O Caboclo das Sete Encruzilhadas, chamado carinhosamente de Chefe por seus humildes filhos da Terra, terminou de elaborar o culto sem jamais esquecer as ordens de Jesus, pois a religião que se chamaria Umbanda deveria estender a bandeira da humildade, do amor e da caridade acima de tudo. Chamou os espíritos que estivessem dispostos a servir em nome do bem. Outros caboclos se uniram e então vieram os antigos escravos que antes gemiam do eito de dor e que agora sorriam felizes pela misericórdia de Deus, para auxiliar o tão triste Brasil. Era necessário muito trabalho para que o mal não pudesse corromper os corações e o próprio país e então por isso, espíritos dotados de grande poder e sabedoria baixariam em seus médiuns portando o título de orixás, estes comparados a generais, na qual estariam incumbidos de trabalhos mais complexos e de difícil desmanche. A magia negra não daria trégua e a ação do mal caminharia para mistificar e deturbar a Doutrina, porém o bem também continuaria e não sucumbiria. Guerreiros de Ogum, de Iansã e Oxalá, sagitários de Euxóssi, Caboclos de Xangô e de Amanjár uniriam-se ao exército branco de Umbanda, fortificando-lhe as muralhas e estabelecendo a ordem no caos. E aqueles que fazendo mal quisessem o perdão de Deus, também encontrariam espaço dentro do culto e a estes ficariam a responsabilidade da Linha das Almas. Portanto a missão dos exus seria a de convencer antigos companheiros, ainda resistentes na elaboração de nefastas magias, a fazerem a Caridade em Amor ao Cristo.
          A guerra contra o egoísmo que assola a Terra e o Brasil continua a marchar. O homem e a mulher estão perdendo a sua honra, crianças se deparam constantemente com elementos eróticos impostos pela mídia e pela moda, o fanatismo religioso ceifa milhares de vidas e esportes violentos e sanguinários são eleitos os mais divertidos.  Médiuns que cobram pela caridade feita, deturbam a sagrada Doutrina trazida pelo humilde e misericordioso Caboclo das Sete Encruzilhadas, chefes de terreiro corrompendo-se pela vil moeda. E ainda, médiuns que se dizem de umbanda fazendo mal ao seu semelhante. A estes, como o nosso iluminado Chefe já nos alertou, serão expulsos como Jesus expulsos os vendilhões do templo.
          Ao Chefe de todo Espiritismo de Umbanda e a qual todos os guias, protetores e médiuns devem obediência, respeito e devoção, nós pedimos sempre a sua inspiração para fazer desta Doutrina a manifestação do Amor de Jesus no Brasil e no Mundo. Dá-nos a coragem e a sabedoria para combater com maior força todo o mal e que tenhamos esse Amor, de irmão para irmão, que fará de nós capazes de levantarmos juntos essa sagrada bandeira de Umbanda. Salve quem tem fé e quem não tem e salve nosso grande e iluminado Chefe Caboclo das Sete Encruzilhadas hoje, amanhã e sempre!

Lucas de Sousa, 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário