Batuque do Rio Grande do Sul |
Nessa base, multiplicavam-se os locais onde se pagava para prejudicar o inimigo, destruir lares, conquistar o que pertencia a outros. E, querendo aumentar o rendimento dos trabalhos, os feiticeiros criavam novos elementos para suas magias: objetos os mais curiosos, animais e aves inocentes, sacrificados para qualquer finalidade, obedecendo aos objetivos primordiais: enriquecer o mago e seus companheiros "derrubar" - termo ainda hoje muito usado em certos ambientes - os que não se curvavam ante os seus poderes negativos ou pretendiam fazer-lhes concorrência.
Os mentores do plano astral, porém, há muito estavam atentos ao que se passava, sentando as bases de um movimento que pudesse combater a magia negativa que se propagava assustadoramente, envolvendo todos os grupos sociais: os mais humildes, amedrontados e os poderosos pagando para alcançarem sorrateiramente os seus objetivos inconfessáveis.
Arregimentaram-se espíritos trabalhadores que se destinavam a restabelecer a doutrina da fraternidade e do amor ao próximo; deveriam apresentar-se sob formas capazes de serem aceitas e compreendidas pelo homem do povo, justamente o que se deixava levar com mais facilidade, pelas promessas ilusórias dos feiticeiros.
Batuque esculpido |
Lilia Ribeiro, 1976
Jornal: Na Gira de Umbanda, nº 6
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