Quadro do Chefe Caboclo das Sete Encruzilhadas (pintado mediunicamente) |
O dirigente dos trabalhos, José de Souza, convidou-o a participar da Mesa. No decorrer da reunião, Zélio sentiu-se tomado por uma força estranha e ouviu sua própria voz perguntar por que não eram aceitas as mensagens dos índios e caboclos e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam.
Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes da Mesa procuravam doutrinar o espírito desconhecido que mantinha argumentação segura. Finalmente, um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolvida numa aura de luz.
- Se querem um nome - respondeu involuntariamente Zélio - que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas porque não haverá caminhos fechados para mim. E prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer um culto no qual os espíritos de índios e negros escravos pudessem cumprir as determinações do astral."
Lilia Ribeiro, 1976
Jornal: Na Gira de Umbanda, nº 6
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