Congá na Tenda Nossa Senhora da Piedade - Primeira Tenda de Umbanda fundada no mundo |
As vozes de Aruanda ressoam
humílimas para todos que de coração aberto desejam a comunhão sincera com o
Cristo. A Umbanda apresenta-se como nova escola, arrebatando o coração do
simples, utilizando o bem para combater o mal. Junto com a mesma, e antes mesmo
desta, surge seu fundador carregando no peito seu amor pela humanidade. Diante
de sete caminhos chorou pelos aflitos e por não saber mais o que poderia ser
feito para o bem de todos. Neste mesmo instante foi surpreendido pelo Mestre a
quem tanto devotou fé: Jesus. Ali a misericórdia do Cristo repousou sobre os
ombros do então triste espírito. Haveria de juntar forças a fim de cumprir a
missão que lhe era confiada e para isso precisaria também de coragem para a
Caridade, Humildade e acima de tudo Amor, capaz de abraçar uma nação inteira a
fim de levar a esta a força e a oportunidade de caminhos abertos rumo ao Pai
Maior.
Passada as
informações de como seria o novo culto e o seu objetivo, o então humilde
Caboclo, agora carregando consigo o nome de Sete Encruzilhadas, deveria pôr em
prática as ordens do Mestre Jesus. No planeta Terra e carregando ainda seus
objetivos para com o Brasil, escolheu um jovem menino, de 17 anos de idade, em
Niterói, na cidade do Rio de Janeiro. Seu nome: Zélio. Trabalhariam juntos para
ver a Doutrina do Cristo se espalhar mais fortemente no país e de forma simples
para que não houvesse obstáculos a sua realização. E assim fora feito. O
Caboclo das Sete Encruzilhadas, chamado carinhosamente de Chefe por seus
humildes filhos da Terra, terminou de elaborar o culto sem jamais esquecer as
ordens de Jesus, pois a religião que se chamaria Umbanda deveria estender a
bandeira da humildade, do amor e da caridade acima de tudo. Chamou os espíritos
que estivessem dispostos a servir em nome do bem. Outros caboclos se uniram e
então vieram os antigos escravos que antes gemiam do eito de dor e que agora
sorriam felizes pela misericórdia de Deus, para auxiliar o tão triste Brasil.
Era necessário muito trabalho para que o mal não pudesse corromper os corações
e o próprio país e então por isso, espíritos dotados de grande poder e
sabedoria baixariam em seus médiuns portando o título de orixás, estes
comparados a generais, na qual estariam incumbidos de trabalhos mais complexos
e de difícil desmanche. A magia negra não daria trégua e a ação do mal
caminharia para mistificar e deturbar a Doutrina, porém o bem também
continuaria e não sucumbiria. Guerreiros de Ogum, de Iansã e Oxalá, sagitários
de Euxóssi, Caboclos de Xangô e de Amanjár uniriam-se ao exército branco de
Umbanda, fortificando-lhe as muralhas e estabelecendo a ordem no caos. E
aqueles que fazendo mal quisessem o perdão de Deus, também encontrariam espaço
dentro do culto e a estes ficariam a responsabilidade da Linha das Almas.
Portanto a missão dos exus seria a de convencer antigos companheiros, ainda
resistentes na elaboração de nefastas magias, a fazerem a Caridade em Amor ao
Cristo.
A guerra contra o egoísmo que assola a
Terra e o Brasil continua a marchar. O homem e a mulher estão perdendo a sua
honra, crianças se deparam constantemente com elementos eróticos impostos pela
mídia e pela moda, o fanatismo religioso ceifa milhares de vidas e esportes
violentos e sanguinários são eleitos os mais divertidos. Médiuns que cobram pela caridade feita,
deturbam a sagrada Doutrina trazida pelo humilde e misericordioso Caboclo das
Sete Encruzilhadas, chefes de terreiro corrompendo-se pela vil moeda. E ainda,
médiuns que se dizem de umbanda fazendo mal ao seu semelhante. A estes, como o nosso iluminado Chefe já nos alertou,
serão expulsos como Jesus expulsos os vendilhões do templo.
Ao Chefe de todo Espiritismo de Umbanda e a qual todos os guias, protetores e médiuns devem obediência, respeito e
devoção, nós pedimos sempre a sua inspiração para fazer desta
Doutrina a manifestação do Amor de Jesus no Brasil e no Mundo. Dá-nos a coragem e a sabedoria para combater com maior força todo o mal e que tenhamos esse Amor, de irmão para irmão, que fará de nós capazes de levantarmos juntos essa sagrada bandeira de Umbanda. Salve quem tem fé e
quem não tem e salve nosso grande e iluminado Chefe Caboclo das Sete
Encruzilhadas hoje, amanhã e sempre!
Lucas de Sousa, 2015
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